CONVERSAS PSICOLÓGICAS

Psicologia, indivíduo e sociedade

 
 
A semana começa com uma enxurrada de compromissos, notícias, informações, dados e, portanto, uma montoeira de estímulos. Recebemos informações atualizadas a cada 3 ou 5 segundos em nossos tabletes, computadores e smartphones. Acompanhamos o noticiário pelo rádio com atualização a cada 20 minutos, pela televisão a cada turno do dia e, pela televisão a cabo, de hora em hora.
Acompanhamos, em média, 3 redes sociais com centenas ou milhares de contatos atualizando seus feeds em tempo real. Acompanhamos aplicativos que nos informam: clima, hora, compromissos, notícias, resultados, etc. Assinamos revistas digitais ou não, que nos mandam informações diária, semanal ou mensalmente.
Acordamos antes do sol, saímos de casa junto com ele e voltamos, muitas vezes, muitas horas após ele ter ido embora. Comemos o que dá, quando podemos e se tivermos ($$). Adiamos aquilo que dá, confrontamos o inevitável e pinamos o que leremos nas horas vagas que nunca chegam.
Amamos o inevitável, convivemos com o possível e sonhamos com o inatingível. Enfim, somos atropelados por uma vida inexorável, enérgica e contundente. Somos arquidiariamente perfurados por sua agudez que transversa o nosso viver, gerando muito mais do que frustração, afogamento e conformação. Gerando, sim, esquecimento de si.
 
Revolucione. 
 
Essa semana tire de seu smartphone todas as redes associadas ao passarinho. Tire de seu smartphone as redes sociais azuis. Essa semana não ligue a TV. Não assista jornal. Não jogue. Essa semana leia um livro de letras grandes, com lindas e engraçadas ilustrações. Essa semana faça mais coisas a pé. Ouça mais música. Converse mais pessoalmente e por telefone.  Converse menos por aplicativos.
Essa semana almoce com calma e vá na praça pelo menos um dia. Tome um café que esfriou na xícara de tanto bater papo. Tome um chá antes de dormir. Não assista o Netflix nem leia no tablete.
 

 

Semana que vem você volta a se exaurir. 
Nessa, descanse trabalhando e lendo.